2ª temporada - Capítulo 1: Enfim sós?

Finalmente a segunda temporada, né? hahaha Para quem está louco para ver a Demi na fic, no começo vai focar mais nos Niley. Aos poucos a Demi vai tomar o seu espaço na história também, tá? :) 
Boa leitura!

Nicholas Narrando

 

-Vem pra mamãe! – Miley batia no chão ajoelhada.

 

-Pra mamãe, não. Pro papai. – corrigi, deixando o bebê à nossa frente um pouco perdido.

 

Robert nos encarou confuso, mas mesmo assim preparando-se pra engatinhar. Para onde eu não sei, mas aquela criança não fica quieta por muito tempo. Porém mais confuso para ele do que ver dois adultos no chão falando com voz de retardado é escolher entre um de nós.

 

Seus enormes olhos azuis revezavam entre eu e Miles. A cada segundo que passava, nós dois incentivávamos ainda mais o Rob a escolher logo em qual direção ele iria. Instantes depois, o bebê saiu engatinhando em nossa direção perceptivelmente animado, escancarando seus dois únicos dentinhos de baixo, se divertindo com a competição boba dos pais.     

 

De repente, ouço o barulho da porta da sala ranger e o Joe entra (ou melhor, invade) animado, como sempre.

 

-E aí, gente!

 

 Robert rapidamente mudou de destino e foi até o tio.

 

- Rob! É isso aí, meu garoto, mostra quem é seu favorito! – Joe se abaixou bagunçando os pequenos cachos escuros do meu filho e depois deu leves tapinhas no topo de sua cabeça. Agora meu irmão está começando a tratar meu filho como um cachorro ou é impressão minha?

Ficamos por um momento fitando o bebê nos ignorando rindo pro meu irmão mais velho, com esperanças dele voltar inutilmente.

 

-Joe, para de tratar ele como se fosse um animalzinho de estimação, e além do mais, eu deveria ter te matado com uma faca por ter atrapalhado o momento decisivo, mas aí eu demoraria demais pra arranjar o lugar pra esconder o corpo e não daria tempo de me arrumar para o jantar com Nick. – Miley disse se levantando do chão e pegando o Robert no colo e o levou para a sala de brinquedos (antigo escritório, um cômodo que ninguém usava mesmo) aonde se encontrava um cercadinho.

 

- Ela continua um doce de pessoa. – ironiza Joe. Ri lembrando as brigas dos dois por causa das confusões que se metiam. E me metiam, também, né?

 

-Aliás, o que você está fazendo aqui mesmo? – perguntei.

 

- Ué, Miley me chamou pra cuidar do Robert.

 

- Como é que é? – alterei a voz assustado. Seria um desastre o meu filho sozinho com Joe nessa casa enorme!

 

-Relaxa, Nicky. Rob adora Joseph. E além do mais eu não tinha ninguém pra cuidar do bebê. – Miley falou voltando pra sala de estar, agora sem o nosso filho nos braços.

 

-Droga, Miley! Me chama de Joe! – reprimiu o meu irmão.

 

-Miley, não acho uma boa ideia deixar o Rob com o Joe. Ainda mais sozinhos nesse casarão. –  eu disse me aproximando dela.

 

- Também fiquei com um pouco de medo, mas o ele sabe que se alguma coisa acontecer ele não vai sobreviver a minha fúria, né Joe?

 

- Você ainda não esqueceu isso? – Joe exclamou agora realmente assustado com a ameaça da Miles.

 

- Não.-  ela fez uma cara de malvada que me fez rir.

 

-Mas Miley, esse jantar é de negócios. Pra que você quer ir, se você nem gosta disso? Com certeza não é só pra acompanhar meu irmão. – Joe disse com um ar desconfiado.

 

- Então você acha que é pra que? – Miley questionou com as mãos na cintura como se não tivesse outro motivo a não ser me acompanhar.

 

- Sexo. – Joe falou com a maior naturalidade.

 

-Cala a boca, Joe. Não te pedi opinião nenhuma. – resmungou Miley contrariada.

 

-Pediu sim. – Joe retrucou.

 

-Pedi não.

 

-Pediu sim.

 

-Pedi não.

 

-Pediu sim.

 

-Pedi n...

 

- Já chega! – interrompi a ridícula e infantil discursão entre os dois. – Dá pra parar? Isso já está me estressando.

 

Miley Narrando

 

Dei a última olhada no espelho e vi que estava tudo ótimo. Com meu novo cabelo solto (agora um pouco mais curto e claro) e liso, uma maquiagem não muito pesada apenas dando destaque à escura sombra esfumada e um vestido preto simples e sexy. Sorri sozinha satisfeita com meu reflexo. Fala sério, eu  sou um espetáculo!  

 

Look: http://fashion.me/looks/1879464/look-1-fal?utm_source=bymk&utm_medium=redirect&utm_campaign=bymkredirect

 

Como eu sempre, demoro um pouco mais pra me arrumar, Nick resolveu ir na frente pra se certificar que não chegaria atrasado por minha causa. Além do mais, papai confiou cem por cento nele quando entregou a presidência da gravadora em Nicholas. Isso mesmo! Agora ele é presidente da gravadora Ray Cyrus! Ele pode ser até novo demais (e isso ainda é pouco) para isso, mas quem o conhece sabe que chega a ser chato de tão responsável e certinho que meu Nick é. Meu pai também estava querendo se aposentar logo e queria achar alguém de confiança pra dar continuidade ao seu trabalho. E quem seria mais confiável do que seu genro certinho? Mas voltando a linha de raciocínio, ele tem um jantar hoje com possíveis patrocinadores pra fazer o contrato.

 

E onde eu entro nessa história? Fala sério, detesto esse assunto de negócios, mas eu queria acompanhar o Nicholas... Ok, ok... Joseph tem razão. Estou mal intencionada mesmo. Mas poxa, ter um bebê em casa fica um pouco difícil para... para... sabe, se divertir. Robert necessita de atenção, então ás vezes não temos um tempo pra nós. Tem que aproveitar cada oportunidade, né?

 

Peguei minha pequena bolsa e desci as escadas rapidamente. Dei de cara com o Joe assistindo entretido Bob Esponja na TV ao lado do Robert que pouco se importava com a televisão, brincando com tudo o que estivesse ao seu alcance.

 

 

-Vê se cuida direito dele, hein! Diversão aqui em casa só depois de ele ir dormir. – acordei Joe de sua hipnose, que logo assentiu quando se tocou do que eu estava falando.

 

-Tchau meu amorzinho. – fui em direção ao Rob e dei um demorado beijo na sua grande e rosada bochecha. Sorri vendo o rastro do meu beijo de batom no seu rostinho.

 

Ele pegou o controle da TV e começou a morder os botões de borracha. O Joe só se tocou quando o Rob trocou o canal sem querer.

 

 

-Ei! – ele resmungou, voltando a sua atenção para o sobrinho.

 

-Olha só, será que não dá nem pra fingir na minha frente que vai tomar conta dele? Ele está mordendo esse controle sujo! – eu tirei o controle remoto das mãozinhas do meu filho que logo ameaçou chorar, mas eu fiz uma careta para ele, e logo esqueceu soltando uma risada. – Distraia o Rob e não deixe que ele bote a boca em qualquer objeto. Os dentinhos dele estão crescendo e um dia desses eu o peguei quase roendo a quina da mesinha de centro.

 

-Mais alguma coisa, general? – ele ironizou rolando os olhos.

 

-Sim, troque a frauda dele quando for necessário e se ele estiver com fome, esquente a mamadeira com o leite no microondas, mas não pode ser muito quente. Nada de o entupir com essas besteiras que você come, ok?

 

-Miley, relaxa. Cuidar do Rob vai ser tranquilo. – disse ele confiante. – A gente se entende, né garotão? – ele colocou o bebê em seu colo e ele abriu um sorrisão.

 

-Claro, têm a mesma idade mental. – eu murmurei.

 

-O que? – ele perguntou confuso.

 

-Nada, não. Estava falando comigo mesma. – eu verifiquei se estava tudo na bolsa. – Então, nos vemos mais tarde. Tchauzinho!

 

Cheguei ao restaurante rapidamente com meu carro. Eu sei que é errado ficar ultrapassando o sinal vermelho e os limites de velocidade, mas eu já estava atrasada demais. Qual seria o problema de quebrar algumas regrinhas, né? Ajeitei meu cabelo novamente só pra garantir que não vou chegar toda descabelada por causa do vento, deixei minha chave com o manobrista como de costume e fui ao encontro de Nick.

 

Demorei um pouco para localizá-lo, por causa do grande espaço do restaurante. Subi as escadas e o encontrei. Nicholas estava sozinho na espaçosa mesa brincando com o guardanapo e olhando ansiosamente para o relógio. Os patrocinadores estão mais atrasados do que eu. Que milagre! Me alegrei ao ver seu lindo sorriso mostrando seus dentes perfeitamente alinhados quando me avistou.

 

-Você está linda. – sussurrou em meu ouvido enquanto empurrava a cadeira me ajudando a sentar.

 

-Não faço mais que minha obrigação de ficar deslumbrante ao lado de um cara de fica extremamente sexy com um terno. – falei.

 

Nick ficou levemente corado com o elogio. Esse jeitinho tímido ainda me encanta. Olhou ligeiramente pra baixo e depois voltou seu olhar pra mim, e disse:

 

- Você é linda de qualquer jeito. Não precisa se arrumar toda pra eu perceber isso.

 

Ok, agora quem está começando a ficar sem graça sou eu.

 

- Mas isso ajuda bastante, né? – ele riu com a minha afirmação.

 

-É, ajuda mesmo.

 

Me levantei do assento à frente do Nicholas e me sentei em um o seu lado, para ficar mais próxima. Olhei no fundo dos seus olhos.

 

- Te amo, Nick.

 

-Eu também. –respondeu.

 

Nos aproximamos lentamente em busca de um beijo. Fechei meus olhos sentindo sua respiração próxima ao meu rosto e logo depois seus lábios tocando nos meus. Ele permitiu passagem a minha língua, e ficamos num beijo suave e caloroso por um tempo. Quando me dei conta, o clima já estava ficando cada vez mais quente naquele restaurante. Soltei um pequeno e quase imperceptível gemido quando senti a mão dele levantando um pouco a barra do meu vestido meu vestido, por debaixo da mesa, e apertando a minha coxa. Nick se afastou de mim, interrompendo o beijo quando se tocou já estávamos indo longe demais.

 

 

- É melhor parar por aí. – Nick disse um pouco sem ar com um olhar de hesitação. Balancei a cabeça em concordância.

 

 

Tentei me conter um pouco, ajeitei meu vestido e maquiagem e falei.

 

- Por que estão demorando?

 

- Trânsito. Houve um acidente grave no centro de Los Angeles que fez parar quase a metade da cidade.

 

-Hum... – olhei em volta e percebi que algumas pessoas já estavam indo embora. Esse restaurante pode até ser refinado, mas está um saco! Só gente velha e pessoas a trabalho vêm pra cá dia de semana. – Aqui está chato, né?

 

- Um pouco.

 

- Nick, cancela esse jantar. – resmunguei entediada.

 

- Mas eu marquei pra hoje faz semanas, amor. E me arrumei todo e vim tão cedo à toa?

 

-Bom, você chegou cedo à toa mesmo, mas não acho que você arrumado assim é de se desperdiçar. – olhei maliciosa pra Nick que soltou um sorrisinho safado também.

 

Nicholas Narrando

 

-Miley, depois. – a cortei antes que inventasse de me levar pra outro lugar. – Espera um pouco. Estou aqui a trabalho. Sou o presidente da gravadora, mas seu pai ainda é o dono, e ele não iria gostar nada se soubesse que eu cancelei um jantar importantíssimo em cima da hora para “passear” com você.

 

Eu adoraria sair daqui com Miles esquecer o estresse do meu trabalho. Mas eu carrego uma grande responsabilidade de representar a gravadora e fazê-la crescer ainda mais.

 

-Faz tanto tempo que agente não tem uma noite só pra gente, mas está tudo bem. Deixa para outro dia. – Miley disse um pouco tristonha.

 

Fiquei um pouco chateado quando seu sorriso se fechou, mesmo sabendo que é um pouco egoísta da sua parte. Mas minha tristeza deu o lugar à preocupação e desespero quando percebi seu semblante mudar novamente para o mesmo sorrisinho malicioso de antes.

 

- O que você está pensando? – lá vem merda! Quando ela olha assim é porque vai aprontar alguma.

 

Miley se aproximou lentamente de mim e me deu um demorado beijo na orelha seguido por uma mordida. Minha respiração falhou com o prazeroso ato. Pequenos beijos foram descendo pelo meu pescoço.

 

-Miley... Tem gente em volta. – falei arrastando um discreto olhar pelo quase vazio andar em que estamos a não ser por um casal de velhinhos comendo e dois executivos conversando. Todos eles nem notaram a nossa presença. Miley tinha razão mesmo, aqui está um saco.

 

-Não importa, só tem gente velha pouco se importando pra nós. – sussurrou e em seguida soltou uma risadinha silenciosa. –Sabe... – continuou sussurrando sensualmente próximo ao meu ouvido. Deslizou sua mão para minha coxa próxima a virilha, perigosamente próxima. – Se nós devemos esperá-los aqui, que seja se divertindo.

 

Não resisti à tentação de beija-la ferozmente dessa vez. Sem hesitar, Miley deu continuação ao beijo. Sei que parece loucura esse joguinho justamente no restaurante, mas só nós sabemos o quanto é difícil resistir um ao outro quando estamos sozinhos. Neste caso, parcialmente sozinhos.

 

Sem nenhuma permissão ou vergonha, Miles apertou meu membro já um pouco enrijecido, e parou o beijo.

 

-Vamos ao banheiro?- perguntei.

 

Miley olhou em volta só pra certificar de novo e abriu meu zíper.

 

- Até lá já perderia a graça.

 

- Miley... Não faz isso. Você já está indo longe demais.               

 

Ela me ignorou completamente e abriu mais a abertura da minha calça e rapidamente foi por de baixo da mesa.

 

- Miley... – censurei agora sem muita animação pra impedi-la.

 

Senti suas mãos tentando descobrir meu pênis afastando um pouco mais a minha calça, mas não muito, e minha cueca. Dessa vez não hesitei em ajudar me levantando um pouco. Logo depois, Miley começou a me provocar alisando minhas coxas, perto da virilha.

 

- Hum... Vai logo. – gemi baixo.               

 

Por extinto verifiquei se não tinha alguém prestando atenção em nós (ou só em mim) e vi familiares rostos surgindo perto da escada. Merda! Os patrocinadores chegaram!

 

-Miley para! Eles chegaram. – falei baixo pra eles que já estavam me reconhecendo de certa distancia não escutarem.

 

- O que? Já? – seu rosto surgiu por de baixo da toalha de mesa. – E agora?

 

- Fica aí! Eles vão ficar desconfiados quando virem você do nada aparecer por debaixo da mesa. Fica quieta aí até eu ter uma ideia! – falei baixo de novo e a empurrei de volta debaixo da mesa.

 

Fechei minha calça e fingi que nada houvesse acontecido.

              

-Desculpe pelo atraso. O transito estava praticamente parado. – falou o Sr. Freeman, representante do Walmart. – Metade de Los Angeles ficou congestionada.

 

- Pois é... – sorri tentando disfarçar a tensão.

 

Cumprimentei todos eles e começamos o jantar.

 

Alguns minutos depois...

 

 

Já tínhamos resolvido tudo. Ainda bem consegui o patrocínio sem problema nenhum. Agora só havia um momento descontraído entre nós.

 

- Então Sr. Jonas, onde está a Miley, sua esposa? Ela não iria vir? - perguntou Sr. Phillip

 

-Ela talvez ainda venha, mas não tenho certeza ainda. Ela ainda está em casa tentando cuidar do bebê. Ele está um pouco resfriado e ela ficou preocupada e só viria se ele dormisse. Ela não confiava muito na babá. – depois do trato com a Miley nunca mais tive dificuldade em mentir.

 

-Nossa, vocês são tão novos e já estão casados e com um filho... Isso não é responsabilidade demais, não? Ainda mais a presidência da gravadora!

 

-É um pouco difícil, mas eu aguento o tranco. – todos da mesa riram.

 

De repente sinto a teimosa mãozinha da Miley correndo pela coxa novamente. Essa garota está maliciosa até demais hoje. Discretamente a tirei, como uma forma de censura. Mas ela insistiu novamente, e eu tirei. Ela abriu de novo o zíper, e rapidamente abriu mais a calça antes que eu fechasse de novo. Não é possível que essa maluca esteja inventando de fazer na frente dos grandes empresários. Dei um pequeno chute na Miles antes que ela faça alguma besteira, mas acho que fui um pouco forte demais. Em reflexo, Miley deu um pulo e bateu a cabeça na mesa o que fez um estrondoso barulho de louça chamando atenção de todos da mesa.

 

-É... ham... Desculpem. Espasmo muscular... – inventei qualquer desculpa. O que parece todos eles acreditaram e voltaram à uma conversa que eu não estava prestando atenção.

 

Minutos depois...

 

Quando todos estavam indo embora, puxei a mão da Miley e a tirei de baixo da mesa antes que percebessem.

 

-Boa noite! – disse ela fingindo que acabou de chegar.

 

-Oh, Boa noite senhora Jonas. – disse o Sr. Phillip. –Infelizmente, a senhora chegou na hora em que estávamos de saída.

 

-Pois é... Robert demorou um pouco pra dormir. – Miley deu uma rápida olhada pra mim e soltou uma risadinha.

 

-Vida de pais não é tão fácil. Isso vocês dois vão aprender!

 

- Já estamos aprendendo. –eu disse. – Bom, já vamos indo. Foi um prazer fazer negócio com vocês. – eu e Miley cumprimentamos todos eles.

 

Paguei a conta e fomos em direção ao meu carro no estacionamento. Amanhã eu voltarei com Miley pra buscar seu carro.

 

- Se você fizer uma coisa dessas de novo eu te mato. – sussurrei em seu ouvido quando a puxei pra mais perto de mim.

 

Gargalhamos juntos.

 

Miley Narrando

 

 

É impressão minha ou Nick está nos levando pra aquele mirante de novo? Percebi que ele não estava fazendo o caminho de casa, e sim o caminho daquele lindo mirante do nosso segundo encontro.              

 

-Nick, é impressão minha ou você está me levando pra aquele lugar?

 

-Qual lugar?

 

-Você sabe muito bem qual.

 

-Aham.

 

Sorri com a confirmação do Nick. O que será que ele está tramando pra fazer lá? Ok, essa foi uma pergunta obvia demais. Novamente fiquei ansiosa.

 

- Vai demorar muito? – perguntei suplicante.

 

-De novo com essas perguntas? – riu. Ele voltou seu olhar pra mim – Fica tranquila porque já está chegando.

 

Depois de um pequeno intervalo de tempo estávamos diante da maravilhosa vista da movimentada Los Angeles de noite. Isolados da cidade num mirante deserto, por experiência própria devo confirmar que é perigoso por um lado. Mas a sós com Nick, vendo aquela vista linda, quem pensaria em perigo?      

 

-Não mudou nada. – Nicholas acordou de meus devaneios.

 

-  O que?

 

- Seu olhar quando você tinha vindo aqui comigo pela primeira vez. Seus olhos ainda brilham. – Mordi o lábio inferior encantada com a beleza do seu rosto diante da luz pura da lua. – Foi esse seu jeitinho que me fez me apaixonar por você.

 

-Para com isso! Está me deixando sem graça! – ri tímida e dei um tapinha em seu braço.

 

-Tem certeza?

 

-Não, porque eu gosto.




-Sua bipolar! – riu. Logo depois ligou a rádio pra achar uma musica qualquer para o a ambiente e parou numa estação em que tocava uma musiquinha romântica. – Não era esse tipo de musica que eu procurava, mas me deu até ideia de fazer uma coisa pra deixar a nossa vinda mais marcante.

 

-O que?

 

-Tem coisa mais marcante do que uma dança entre namoradinhos adolescentes ao som de uma musica melosa? – me encarou esperando a minha resposta. – E aí? Aceita? – fiz uma careta e depois ri. – Ah, vamos Miley! Não tem ninguém vendo agente. Vai ser legal.

 

-Vai ser engraçado agente sem jeito.   

 

-Isso também!

 
           Nick saiu do carro e foi até mim e me puxou pra fora. Abracei seu pescoço enquanto ele apoiava suas mãos em minha cintura. Pude sentir seu perfume mais forte agora em que estava próxima de seu pescoço. Entre atrapalhados passos e risadas, continuávamos numa tentativa de dança ao ritmo da canção. Ele levantou meu braço, me girou e logo me abraçou de volta. Encostei minha testa na sua e fiquei a poucos centímetros dos seus brilhantes e intensamente olhos castanhos. Meu coração bateu acelerado quando senti seu olhar fixo à mim e sua respiração em meu rosto. Meu corpo ainda não se acostumou com sua presença constante, e muito menos minha alma que suplica por ele mais ainda. Pra quem achava pessoas apaixonadas fracassadas, eu nunca me imaginei tão... “fracassada” por ele. Voltei a encostar meu queixo em seu ombro, novamente próximo a seu perfumado pescoço.