Boa leitura!
Nicholas Narrando
-Vem pra mamãe! – Miley batia
no chão ajoelhada.
-Pra mamãe, não. Pro papai. – corrigi,
deixando o bebê à nossa frente um pouco perdido.
Robert nos encarou confuso,
mas mesmo assim preparando-se pra engatinhar. Para onde eu não sei, mas aquela
criança não fica quieta por muito tempo. Porém mais confuso para ele do que ver
dois adultos no chão falando com voz de retardado é escolher entre um de nós.
Seus enormes olhos azuis
revezavam entre eu e Miles. A cada segundo que passava, nós dois
incentivávamos ainda mais o Rob a escolher logo em qual direção ele iria.
Instantes depois, o bebê saiu engatinhando em nossa direção perceptivelmente
animado, escancarando seus dois únicos dentinhos de baixo, se divertindo com a
competição boba dos pais.
De repente, ouço o barulho da
porta da sala ranger e o Joe entra (ou melhor, invade) animado, como sempre.
-E aí, gente!
Robert rapidamente mudou de destino e foi até
o tio.
- Rob! É isso aí, meu garoto, mostra quem é
seu favorito! – Joe se abaixou bagunçando os pequenos cachos escuros do meu
filho e depois deu leves tapinhas no topo de sua cabeça. Agora meu irmão está
começando a tratar meu filho como um cachorro ou é impressão minha?
Ficamos por um momento fitando o bebê nos ignorando
rindo pro meu irmão mais velho, com esperanças dele voltar inutilmente.
-Joe, para de tratar ele como
se fosse um animalzinho de estimação, e além do mais, eu deveria ter te matado
com uma faca por ter atrapalhado o momento decisivo, mas aí eu demoraria demais
pra arranjar o lugar pra esconder o corpo e não daria tempo de me arrumar para o
jantar com Nick. – Miley disse se levantando do chão e pegando o Robert no colo
e o levou para a sala de brinquedos (antigo escritório, um cômodo que ninguém
usava mesmo) aonde se encontrava um cercadinho.
- Ela continua um doce de pessoa. – ironiza Joe. Ri
lembrando as brigas dos dois por causa das confusões que se metiam. E me
metiam, também, né?
-Aliás, o que você está
fazendo aqui mesmo? – perguntei.
- Ué, Miley me chamou pra
cuidar do Robert.
- Como é que é? – alterei a
voz assustado. Seria um desastre o meu filho sozinho com Joe nessa
casa enorme!
-Relaxa, Nicky. Rob adora Joseph. E além do
mais eu não tinha ninguém pra cuidar do bebê. – Miley falou voltando pra sala
de estar, agora sem o nosso filho nos braços.
-Droga, Miley! Me chama de Joe! – reprimiu
o meu irmão.
-Miley, não acho uma boa ideia
deixar o Rob com o Joe. Ainda mais sozinhos nesse casarão. – eu disse me aproximando dela.
- Também fiquei com um pouco
de medo, mas o ele sabe que se alguma coisa acontecer ele não vai sobreviver a
minha fúria, né Joe?
- Você ainda não esqueceu
isso? – Joe exclamou agora realmente assustado com a ameaça da Miles.
- Não.- ela fez uma cara de malvada que me fez rir.
-Mas Miley, esse jantar é de
negócios. Pra que você quer ir, se você nem gosta disso? Com
certeza não é só pra acompanhar meu irmão. – Joe disse com um ar desconfiado.
- Então você acha que é pra
que? – Miley questionou com as mãos na cintura como se não tivesse outro motivo
a não ser me acompanhar.
- Sexo. – Joe falou com a
maior naturalidade.
-Cala a boca, Joe. Não te pedi opinião
nenhuma. – resmungou Miley contrariada.
-Pediu sim. – Joe retrucou.
-Pedi não.
-Pediu sim.
-Pedi não.
-Pediu sim.
-Pedi n...
- Já chega! – interrompi a
ridícula e infantil discursão entre os dois. – Dá pra parar? Isso já está me
estressando.
Miley Narrando
Dei a última olhada no espelho
e vi que estava tudo ótimo. Com meu novo cabelo solto (agora um pouco
mais curto e claro) e liso, uma maquiagem não muito pesada apenas dando
destaque à escura sombra esfumada e um vestido preto simples e sexy. Sorri
sozinha satisfeita com meu reflexo. Fala sério, eu sou um espetáculo!
Look: http://fashion.me/looks/1879464/look-1-fal?utm_source=bymk&utm_medium=redirect&utm_campaign=bymkredirect
Como eu sempre, demoro um
pouco mais pra me arrumar, Nick resolveu ir na frente pra se certificar que não
chegaria atrasado por minha causa. Além do mais, papai confiou cem por cento
nele quando entregou a presidência da gravadora em Nicholas. Isso mesmo! Agora
ele é presidente da gravadora Ray Cyrus! Ele
pode ser até novo demais (e isso ainda é pouco) para isso, mas quem o conhece
sabe que chega a ser chato de tão responsável e certinho que meu Nick é. Meu
pai também estava querendo se aposentar logo e queria achar alguém de confiança
pra dar continuidade ao seu trabalho. E quem seria mais confiável do que seu
genro certinho? Mas voltando a linha de raciocínio,
ele tem um jantar hoje com possíveis patrocinadores pra fazer o contrato.
E onde eu entro nessa história?
Fala sério, detesto esse assunto de negócios, mas eu queria acompanhar
o Nicholas... Ok, ok... Joseph tem razão. Estou mal intencionada mesmo. Mas
poxa, ter um bebê em casa fica um pouco difícil para... para... sabe, se
divertir. Robert necessita de atenção, então ás vezes não temos
um tempo pra nós. Tem que aproveitar cada oportunidade, né?
Peguei minha pequena bolsa e
desci as escadas rapidamente. Dei de cara com o Joe assistindo entretido
Bob Esponja na TV ao lado do Robert que pouco se importava com a televisão,
brincando com tudo o que estivesse ao seu alcance.
-Vê se cuida direito dele,
hein! Diversão aqui em casa só depois de ele ir dormir. –
acordei Joe de sua hipnose, que logo assentiu quando se tocou do que eu estava
falando.
-Tchau meu amorzinho. – fui em
direção ao Rob e dei um demorado beijo na sua grande e rosada bochecha. Sorri vendo o
rastro do meu beijo de batom no seu rostinho.
Ele pegou o controle da TV e
começou a morder os botões de borracha. O Joe só se
tocou quando o Rob trocou o canal sem querer.
-Ei! – ele resmungou, voltando
a sua atenção para o sobrinho.
-Olha só, será que não dá nem
pra fingir na minha frente que vai tomar conta dele? Ele está mordendo esse
controle sujo! – eu tirei o controle remoto das mãozinhas do meu filho que logo
ameaçou chorar, mas eu fiz uma careta para ele, e logo esqueceu soltando uma
risada. – Distraia o Rob e não deixe que ele bote a boca em qualquer objeto. Os dentinhos
dele estão crescendo e um dia desses eu o peguei quase roendo a quina da
mesinha de centro.
-Mais alguma coisa, general? –
ele ironizou rolando os olhos.
-Sim, troque a frauda dele
quando for necessário e se ele estiver com fome, esquente a mamadeira com o
leite no microondas, mas não pode ser muito quente. Nada de o
entupir com essas besteiras que você come, ok?
-Miley, relaxa. Cuidar do Rob vai ser
tranquilo. – disse ele confiante. – A gente se entende, né garotão? – ele
colocou o bebê em seu colo e ele abriu um sorrisão.
-Claro, têm a mesma idade
mental. – eu murmurei.
-O que? – ele perguntou confuso.
-Nada, não. Estava falando comigo mesma. –
eu verifiquei se estava tudo na bolsa. – Então, nos vemos mais tarde. Tchauzinho!
Cheguei ao restaurante
rapidamente com meu carro. Eu sei que é errado ficar ultrapassando o
sinal vermelho e os limites de velocidade, mas eu já estava atrasada demais.
Qual seria o problema de quebrar algumas regrinhas, né? Ajeitei meu cabelo
novamente só pra garantir que não vou chegar toda descabelada por causa do
vento, deixei minha chave com o manobrista como de costume e fui ao encontro de
Nick.
Demorei um pouco para
localizá-lo, por causa do grande espaço do restaurante. Subi as escadas
e o encontrei. Nicholas estava sozinho na espaçosa mesa brincando com o
guardanapo e olhando ansiosamente para o relógio. Os patrocinadores estão mais
atrasados do que eu. Que milagre! Me alegrei ao ver seu lindo sorriso mostrando
seus dentes perfeitamente alinhados quando me avistou.
-Você está linda. – sussurrou
em meu ouvido enquanto empurrava a cadeira me ajudando a sentar.
-Não faço mais que minha
obrigação de ficar deslumbrante ao lado de um cara de fica extremamente sexy
com um terno. – falei.
Nick ficou levemente corado
com o elogio. Esse jeitinho tímido ainda me encanta. Olhou
ligeiramente pra baixo e depois voltou seu olhar pra mim, e disse:
- Você é linda de qualquer
jeito. Não precisa se arrumar toda pra eu perceber isso.
Ok, agora quem está começando
a ficar sem graça sou eu.
- Mas isso ajuda bastante, né?
– ele riu com a minha afirmação.
-É, ajuda mesmo.
Me levantei do assento à
frente do Nicholas e me sentei em um o seu lado, para ficar mais próxima. Olhei no fundo
dos seus olhos.
- Te amo, Nick.
-Eu também. –respondeu.
Nos aproximamos lentamente em
busca de um beijo. Fechei meus olhos sentindo sua respiração próxima ao
meu rosto e logo depois seus lábios tocando nos meus. Ele permitiu passagem a
minha língua, e ficamos num beijo suave e caloroso por um tempo. Quando me dei
conta, o clima já estava ficando cada vez mais quente naquele restaurante. Soltei
um pequeno e quase imperceptível gemido quando senti a mão dele levantando um
pouco a barra do meu vestido meu vestido, por debaixo da mesa, e apertando a
minha coxa. Nick se afastou de mim, interrompendo o beijo quando
se tocou já estávamos indo longe demais.
- É melhor parar por aí. –
Nick disse um pouco sem ar com um olhar de hesitação. Balancei a
cabeça em concordância.
Tentei me conter um pouco,
ajeitei meu vestido e maquiagem e falei.
- Por que estão demorando?
- Trânsito. Houve um acidente grave no
centro de Los Angeles que fez parar quase a metade da cidade.
-Hum... – olhei em volta e
percebi que algumas pessoas já estavam indo embora. Esse restaurante
pode até ser refinado, mas está um saco! Só gente velha e pessoas a trabalho
vêm pra cá dia de semana. – Aqui está chato, né?
- Um pouco.
- Nick, cancela esse jantar. –
resmunguei entediada.
- Mas eu marquei pra hoje faz
semanas, amor. E me arrumei todo e vim tão cedo à toa?
-Bom, você chegou cedo à toa
mesmo, mas não acho que você arrumado assim é de se desperdiçar. – olhei
maliciosa pra Nick que soltou um sorrisinho safado também.
Nicholas Narrando
-Miley, depois. – a cortei
antes que inventasse de me levar pra outro lugar. – Espera um pouco. Estou aqui a
trabalho. Sou o presidente da gravadora, mas seu pai ainda é o dono, e ele não
iria gostar nada se soubesse que eu cancelei um jantar importantíssimo em cima
da hora para “passear” com você.
Eu adoraria sair daqui com
Miles esquecer o estresse do meu trabalho. Mas eu carrego
uma grande responsabilidade de representar a gravadora e fazê-la crescer ainda
mais.
-Faz tanto tempo que agente
não tem uma noite só pra gente, mas está tudo bem. Deixa para outro
dia. – Miley disse um pouco tristonha.
Fiquei um pouco chateado
quando seu sorriso se fechou, mesmo sabendo que é um pouco egoísta da sua
parte. Mas minha tristeza deu o lugar à preocupação e
desespero quando percebi seu semblante mudar novamente para o mesmo sorrisinho
malicioso de antes.
- O que você está pensando? –
lá vem merda! Quando ela olha assim é porque vai aprontar alguma.
Miley se aproximou lentamente
de mim e me deu um demorado beijo na orelha seguido por uma mordida. Minha respiração
falhou com o prazeroso ato. Pequenos beijos foram descendo pelo meu pescoço.
-Miley... Tem gente em volta. – falei
arrastando um discreto olhar pelo quase vazio andar em que estamos a não ser
por um casal de velhinhos comendo e dois executivos conversando. Todos eles nem
notaram a nossa presença. Miley tinha razão mesmo, aqui está um saco.
-Não importa, só tem gente
velha pouco se importando pra nós. – sussurrou e em seguida soltou uma
risadinha silenciosa. –Sabe... – continuou sussurrando sensualmente próximo ao
meu ouvido. Deslizou sua mão para minha coxa próxima a virilha, perigosamente próxima.
– Se nós devemos esperá-los aqui, que seja se divertindo.
Não resisti à tentação de beija-la
ferozmente dessa vez. Sem hesitar, Miley deu continuação ao
beijo. Sei que parece loucura esse joguinho justamente no restaurante, mas só
nós sabemos o quanto é difícil resistir um ao outro quando estamos sozinhos.
Neste caso, parcialmente sozinhos.
Sem nenhuma permissão ou
vergonha, Miles apertou meu membro já um pouco enrijecido, e parou o beijo.
-Vamos ao banheiro?- perguntei.
Miley olhou em volta só pra
certificar de novo e abriu meu zíper.
- Até lá já perderia a graça.
- Miley... Não faz isso. Você já está indo
longe demais.
Ela me ignorou completamente e abriu mais a abertura
da minha calça e rapidamente foi por de baixo da mesa.
- Miley... – censurei agora
sem muita animação pra impedi-la.
Senti suas mãos tentando
descobrir meu pênis afastando um pouco mais a minha calça, mas não muito, e
minha cueca. Dessa vez não hesitei em ajudar me levantando um
pouco. Logo depois, Miley começou a me provocar alisando minhas coxas, perto da
virilha.
- Hum... Vai logo. – gemi baixo.
Por extinto verifiquei se não tinha alguém prestando
atenção em nós (ou só em mim) e vi familiares rostos surgindo perto da escada.
Merda! Os patrocinadores chegaram!
-Miley para! Eles chegaram. – falei baixo
pra eles que já estavam me reconhecendo de certa distancia não escutarem.
- O que? Já? – seu rosto surgiu por de
baixo da toalha de mesa. – E agora?
- Fica aí! Eles vão ficar desconfiados
quando virem você do nada aparecer por debaixo da mesa. Fica quieta aí até eu
ter uma ideia! – falei baixo de novo e a empurrei de volta debaixo da mesa.
Fechei minha calça e fingi que
nada houvesse acontecido.
-Desculpe pelo atraso. O transito estava
praticamente parado. – falou o Sr. Freeman, representante do Walmart. – Metade
de Los Angeles ficou congestionada.
- Pois é... – sorri tentando disfarçar a
tensão.
Cumprimentei todos eles e
começamos o jantar.
Alguns minutos depois...
Já tínhamos resolvido tudo. Ainda bem
consegui o patrocínio sem problema nenhum. Agora só havia um momento
descontraído entre nós.
- Então Sr. Jonas, onde está a
Miley, sua esposa? Ela não iria vir? - perguntou Sr. Phillip
-Ela talvez ainda venha, mas
não tenho certeza ainda. Ela ainda está em casa tentando cuidar do
bebê. Ele está um pouco resfriado e ela ficou preocupada e só viria se ele
dormisse. Ela não confiava muito na babá. – depois do trato com a Miley nunca
mais tive dificuldade em mentir.
-Nossa, vocês são tão novos e
já estão casados e com um filho... Isso não é responsabilidade demais, não?
Ainda mais a presidência da gravadora!
-É um pouco difícil, mas eu
aguento o tranco. – todos da mesa riram.
De repente sinto a teimosa
mãozinha da Miley correndo pela coxa novamente. Essa garota está
maliciosa até demais hoje. Discretamente a tirei, como uma forma de censura.
Mas ela insistiu novamente, e eu tirei. Ela abriu de novo o zíper, e
rapidamente abriu mais a calça antes que eu fechasse de novo. Não é possível
que essa maluca esteja inventando de fazer na frente dos grandes empresários.
Dei um pequeno chute na Miles antes que ela faça alguma besteira, mas acho que
fui um pouco forte demais. Em reflexo, Miley deu um pulo e bateu a cabeça na
mesa o que fez um estrondoso barulho de louça chamando atenção de todos da
mesa.
-É... ham... Desculpem. Espasmo muscular...
– inventei qualquer desculpa. O que parece todos eles acreditaram e voltaram à
uma conversa que eu não estava prestando atenção.
Minutos depois...
Quando todos estavam indo
embora, puxei a mão da Miley e a tirei de baixo da mesa antes que percebessem.
-Boa noite! – disse ela
fingindo que acabou de chegar.
-Oh, Boa noite senhora Jonas.
– disse o Sr. Phillip. –Infelizmente, a senhora chegou na hora em que estávamos
de saída.
-Pois é... Robert demorou um pouco pra
dormir. – Miley deu uma rápida olhada pra mim e soltou uma risadinha.
-Vida de pais não é tão fácil.
Isso vocês dois vão aprender!
- Já estamos aprendendo. –eu
disse. – Bom, já vamos indo. Foi um prazer fazer negócio com vocês. – eu
e Miley cumprimentamos todos eles.
Paguei a conta e fomos em
direção ao meu carro no estacionamento. Amanhã eu voltarei com Miley pra buscar
seu carro.
- Se você fizer uma coisa
dessas de novo eu te mato. – sussurrei em seu ouvido quando a puxei pra mais
perto de mim.
Gargalhamos juntos.
Miley Narrando
É impressão minha ou Nick está
nos levando pra aquele mirante de novo? Percebi que ele
não estava fazendo o caminho de casa, e sim o caminho daquele lindo mirante do
nosso segundo encontro.
-Nick, é impressão minha ou
você está me levando pra aquele lugar?
-Qual lugar?
-Você sabe muito bem qual.
-Aham.
Sorri com a confirmação do
Nick. O que será que ele está tramando pra fazer lá? Ok,
essa foi uma pergunta obvia demais. Novamente fiquei ansiosa.
- Vai demorar muito? –
perguntei suplicante.
-De novo com essas perguntas?
– riu. Ele voltou seu olhar pra mim – Fica tranquila porque
já está chegando.
Depois de um pequeno intervalo
de tempo estávamos diante da maravilhosa vista da movimentada Los Angeles de
noite. Isolados da cidade num mirante deserto, por
experiência própria devo confirmar que é perigoso por um lado. Mas a sós com
Nick, vendo aquela vista linda, quem pensaria em perigo?
-Não mudou nada. – Nicholas
acordou de meus devaneios.
- O
que?
- Seu olhar quando você tinha
vindo aqui comigo pela primeira vez. Seus olhos ainda brilham. – Mordi o lábio
inferior encantada com a beleza do seu rosto diante da luz pura da lua. – Foi
esse seu jeitinho que me fez me apaixonar por você.
-Para com isso! Está me deixando sem graça!
– ri tímida e dei um tapinha em seu braço.
-Tem certeza?
-Não, porque eu gosto.
Trilha Sonora : http://www.youtube.com/watch?v=nzCbc8wzVMg
-Sua bipolar! – riu. Logo
depois ligou a rádio pra achar uma musica qualquer para o a ambiente e parou
numa estação em que tocava uma musiquinha romântica. – Não era esse tipo de
musica que eu procurava, mas me deu até ideia de fazer uma coisa pra deixar a
nossa vinda mais marcante.
-O que?
-Tem coisa mais marcante do
que uma dança entre namoradinhos adolescentes ao som de uma musica melosa? – me
encarou esperando a minha resposta. – E aí? Aceita? – fiz
uma careta e depois ri. – Ah, vamos Miley! Não tem ninguém vendo agente. Vai
ser legal.
-Vai ser engraçado agente sem
jeito.
-Isso também!